As palavras de Denise Fraga

Sociedade, Teatro

Está com um pouquinho de tempo? Então separe 11 minutos para ouvir a Denise Fraga, em cartaz com a peça “Eu de Você”. Um alento, um imenso alento!

Denise Fraga comenta sucesso da peça “Eu de Você” e reflete: “A arte é um direito de consciência”. YouTube, Folha de S.Paulo, 30 set. 2023

O Assunto

Sociedade

O podcast “O Assunto” estreou em 2019, apresentado pela jornalista Renata Lo Prete. No fim de 2022, o comando passou para a também jornalista Natuza Nery.

Eu acompanho “O Assunto” há uns dois ou três anos, pelo menos; além de gostar demais tanto da Renata quanto da Natuza, os temas discutidos são sempre atuais e as entrevistas são realizadas com especialistas na discussão em questão. Eu aprendo demais e sou fã.

No episódio de hoje, terça-feira, a Natuza Nery entrevistou a antropóloga Isabela Kalil, coordenadora do Observatório da Extrema Direita. Quer entender os acontecimentos de domingo, em que as sedes dos Três Poderes foram depredados, e como chegamos até aqui? Ouça uma aula em meia hora.

Eu inseri o link do Spotify, mas “O Assunto” está disponível em diversas plataformas de áudio. É só escolher o seu preferido e se informar.

A luta contra as palavras

Literatura, Sociedade

De uns tempos para cá, nossa sensibilidade linguística parece ter-se exacerbado. Antes, havia palavras proferidas com o intuito de ofender, os chamados palavrões. Bons tempos! As coisas eram mais claras, pois todos sabíamos quais eram os termos, de fato, insultuosos. Hoje, a qualquer momento, podemos ser pilhados em flagrante delito linguístico ao usar corriqueiramente alguma palavra cujo teor preconceituoso, recém-desvelado por algum perscrutador de ignomínias, nos tenha escapado.

[…]

Aos saudosistas restarão o Museu da Língua Portuguesa, que, aliás, já existe, e as bibliotecas que não tiverem perdido de vez o sentido. Hoje luta-se contra as palavras. Bons tempos aqueles em que o poeta lutava com as palavras.

Trechos de “A luta contra as palavras”, de Thaís Nicoleti. Para ler o texto completo, aqui.

Adote um bom velhinho

Sociedade

Eu amo cachorros, mas o meu coração tem um lugar especial para os idosinhos. Eu tinha dois, a Bela e o Logan, mas ela faleceu em novembro deste ano. Além de uma imensa tristeza, na casa há um vazio que só a minha pequena conseguia preencher. O Logan agora é único e sua vidinha é dormir, comer, beber água, fazer suas necessidades com auxílio porque ele tem problemas de mobilidade, dar umas voltas na parte externa da casa, ganhar colo e beijos, e dormir de novo.

Cuidar de um animal idoso não é fácil, é preciso disposição, paciência e muito amor. Vale a pena? Cada minuto.

Se você é uma dessas pessoas, bem-vinda ao clube!, a Coordenadoria de Saúde e Proteção ao Animal Doméstico (Cosap), da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de São Paulo, lançou a campanha “Adote um bom velhinho” para incentivar a adoção de 90 animais idosos que vivem no Centro Municipal de Adoção. Com direito a cartinha para o Papai Noel, são 76 cachorros e 18 gatos que querem muito um lar.

Quer um amigo idosinho?

As informações para adotar estão aqui.
Para ver alguns dos animais disponíveis para adoção, aqui.

Eles merecem cama quentinha, comida gostosa e um lar cheio de amor.

Foto: Juju, Prefeitura de São Paulo/Divulgação.

Escola Base: um repórter enfrenta o passado

Cinema, Sociedade

O ano era 1994 e quatro pessoas foram acusadas de abuso sexual de crianças, em uma escola infantil de São Paulo. A primeira reportagem sobre o caso foi realizada pelo repórter Valmir Salaro e exibida no Jornal Nacional. Logo o assunto tomou grandes proporções na imprensa. Mais duas pessoas foram acusadas e presas. O caso tomou conta do país. O porém: todos eram inocentes.

Considerado o maior erro do jornalismo brasileiro, o caso Escola Base é conhecido por todos os estudantes de jornalismo e jornalistas do país desde então. Mas há quem se lembre dele porque o acompanhou na época. Eu sou uma delas.

O documentário “Escola Base: um repórter enfrenta o passado” mostra o caminho percorrido por Valmir Salaro para se redimir da culpa que carrega. Ele relembra os fatos, reencontra algumas das pessoas acusadas injustamente, assume os próprios erros e aceita as críticas que lhe foram feitas, sem rebater. É de uma dignidade impressionante, além de ser admirável.

O erro não foi apenas dele. O erro não começou com ele. Mas, até onde sabemos, ele foi o único que reconheceu o próprio erro e assumiu a responsabilidade. É complicado ver colegas de profissão buscando justificativas para as escolhas que fizeram. Uma amostra de que, talvez, uma parte do jornalismo profissional não tenha aprendido com o caso como deveria.

No fim das contas, se o objetivo do documentário era questionar o que não deve ser feito no jornalismo, acabou mostrando como deve ser um jornalista. Valmir Salaro deu uma grande aula, não apenas para seus pares, mas para todos nós.

O documentário está disponível no Globoplay.